segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

FELICIDADE E PAZ PARA TODOS – UM 2008 CHEIO DE AMOR



OLÁ TODOS, QUERIDOS, AQUI LHES MANDO ESTA PARTE DO CONTO DE SADASAKTI, DESFRUTEM!

O segundo grupo de cavalos foi formado por uma égua originária da Colômbia. Ela estava fascinada com esta, porque os criadores colombianos têm fama de possuir os melhores cavalos de passo fino do mundo. Esta égua era das mais promissoras. Havia prestado serviço em vários conventos de freiras e ordens religiosas católicas por toda a América Latina, mas um belo dia descobriu que seu espírito era mais mundano, e demitiu-se para ir fazer parte de um circo. Ela foi nomeada Inavahb.

O segundo e último exemplar deste grupo, era outra égua de espécie muito estranha. Era uma potranca venezuelana, ainda que seu proprietário esclarecesse que o que a fazia especial, era que havia nascido na Terra do Sol Amada, lugar onde se encontram animais únicos, selvagens, impetuosos, e quase indomáveis. Quando Ela a olhava, pensava que esta égua parecia pré-histórica, porque sua crina e seu pêlo eram muito compridos e emaranhados. Ela muito comicamente dizia que esta era uma égua das cavernas. Chamava-se Itkasadas.

Parecia que Ela já tinha seus dois primeiros grupos de cavalos completos, mas sendo sempre inquieta e revolucionária, teve uma nova idéia. Queria explorar mais com cavalos do extremo sul, então conseguiu uma égua dos Pampas argentinos. Esta quarto de milha, era uma palomina produto do cruzamento de outros exemplares, também quarto de milha, um italiano e uma irlandesa. Esta combinação pareceu interessante a Ela, e a motivou a experimentar com esta diretamente um método ainda mais audaz de treinar cavalos, que consistia em fazer com que o cavalo permanecesse ao seu lado durante as 24 horas do dia, praticando os sons de outros animais diferentes, até conseguir imitar todos com perfeição. Chamou essa égua de Agrud.

Assim foi como nasceu a primeira camada de cavalos do circo. Depois vieram outros mais, também apreciados e muito amados por Ela. Mas estes foram seus porquinhos-da-índia. Estes seriam os primeiros eqüinos com os quais Ela experimentaria a efetividade do método que a havia levado a alcançar os níveis mais elevados de destreza na condução de cavalos. Estas seriam as primeiras sementes do circo que estava semeado em sua alma desde o primeiro sonho de Natal da infância.

É claro que nesta história não vamos revelar os detalhes da técnica de treinamento de cavalos de Ela. Para aprendê-la, se é o que você quer, é preciso ir à sua escola, que atualmente está localizada no Iauguru. Mas o que sim podemos comentar é que o que Ela conseguia era que cada cavalo se conectasse muito profundamente com sua própria natureza, que experimentasse e desse rédea ao seu potencial ilimitado e, finalmente, empurrava-o a colocar-se neste instante em que cada ser pode transbordar-se e converter-se na substancia do eterno.

O treinamento destes cavalos foi algo que exigiu muito de Ela. Todos eles haviam nascido e sido criados em diferentes partes do mundo, alguns tiveram diferentes donos, e suas experiências de vida não podiam ser consideradas exatamente como fáceis ou prazerosas. Todos eles estavam muito machucados e com muito medo, de modo que a primeira tarefa de Ela seria ajudar-los a curar suas feridas e a recobrar a confiança e o amor que tinham quando eram apenas potrinhos.

Entretanto, Ela tinha tanto amor em seu coração que em sua presença os cavalos se transformavam, e conseguiam uma melhoria jamais pensada, nunca antes vista na experiência de cura e reabilitação de eqüinos. E é preciso ressaltar que não foi simples o trabalho de Ela. Durante as sessões de treinamento recebeu coices, mordidas, foi arremessada ao chão e até sofreu quedas junto com alguns cavalos, quedas nas quais era uma façanha heróica fazer-los se levantar novamente. Mas nada disso diminuiu a paixão ou a dedicação de Ela ao treinamento, porque o propósito de seu corpo e de sua alma era que os cavalos pudessem atingir a absoluta excelência, e até desejava que pudessem ir um pouco mais além, tal como ela estava fazendo em cada momento.



O espetáculo do circo ficou maravilhoso. Ela treinou cada cavalo conseguindo que desenvolvessem apreciação por seus dons, para que pudessem expandi-los sem limitação nenhuma. Ademais, conseguiu que estivessem agradecidos por suas experiências de vida, ainda que houvessem sido dolorosas, e que aproveitassem cada uma delas para serem mais reais, vulneráveis e pacientes em cada momento.

Também ajudou aos cavalos a amar cada aspecto de si mesmos. Vocês devem ter se dado conta – pela narrativa – de que estes cavalos tinham alguns problemas tanto físico quanto de comportamento. Mas Ela ensinou-lhes que a única forma de superar-los era ir muito profundo dentro de si e encher de amor estes espaços onde se sentiam inseguros, com medo e incapazes de ser grandiosos e perfeitos.

Finalmente, Ela inculcou-lhes o amor de uns aos outros, um amor que era incondicional e estava baseado em que cada cavalo reconhecesse em si mesmo e nos demais a capacidade de criar sempre um espaço onde crescer, onde transformar-se e onde pudessem dar sempre o mais elevado.



AMANHÃ VOCÊS RECEBERÃO A ÚLTIMA PARTE DO CONTO – O CIRCO DE CAVALOS

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