domingo, 30 de dezembro de 2007

COMO A ÁGUA À TERRA, AS PALAVRAS DA ISHA SÃO AO CORAÇÃO



ONTEM POR SORTE CHOVEU, A TERRA ESTAVA SEDENTA. E AQUI VÃO PALAVRAS CHEIAS DE AMOR AO NOSSO SEDENTO CORAÇÃO.

Ás vezes, não me dou conta se estou escutando meu coração ou me apegando a uma estrutura, e focando nos medos do meu intelecto, você poderia falar-me sobre isso?

É muito fácil saber, porque quando você está escutando ao coração, não há questionamento algum, o coração jamais tem dúvidas, não pergunta. O coração é simplesmente claro, é inocente, impulsivo, e não pensa, não hesita, é algo que parte da alegria. Se há dúvidas, perguntas, há medos, há indecisão, isso não é o coração, isso é o controle do intelecto, porque o intelecto vive com medo de que possa fazer algo errado, de que possa fazer algo mal, já o coração não tem medo, porque o coração não conhece o medo. Então, se você tem alguma pergunta, ou dúvida, ou indecisão, isso é a sua cabeça. Se é claro, se é puro, se é alegre, é seu coração – é simples, é tão simples.


E OUTRA PARTE DO CONTO DO CIRCO DOS CAVALOS...

Ainda que fosse muito pequena, Ela era uma pessoa muito determinada – vocês já puderam ver o quão determinada era, tanto que fugiu de casa para tornar seu sonho realidade. Pois Ela estava decidida a mudar o circo, e se para isso era preciso que ela mudasse a si mesma, ela o faria, e de fato já o estava fazendo. Mas Ela também mudaria o mundo, porque estava disposta a percorrer todo o planeta para encher o circo com os cavalos mais majestosos e divertidos que se poderiam imaginar.

Ao mesmo tempo, Ela decidiu que se transformaria na melhor treinadora de cavalos que jamais houvesse existido, porque os cavalos que ela queria em seu circo eram uma raridade no mundo. Ela queria cavalos únicos, com um grande porte e qualidades especiais: cavalos que fossem fortes, estilizados, com grande elegância ao caminhar e cavalgar, e com incrível destreza para saltar e galopar.

Então Ela se dedicou a aprender a treinar cavalos. E ela conheceu uma técnica de treinamento de cavalos milenar, mas pouco difundida na atualidade. Segundo comentavam, isto se devia ao fato de que a técnica fora mantida em segredo até finais do século XX, para ser revelada aos treinadores de cavalos somente quando estivessem preparados para níveis tão altos de maestria neste ofício.

Ela se sentia muito afortunada, pois com essa técnica conseguiu resultados imediatos, que iam muito além do que ela esperava, e com sua natural tenacidade, praticou até converter-se em uma aprendiz excepcional. Pouco depois de experimentar a técnica por alguns meses, decidiu ir a América do Norte para aperfeiçoá-la. Rapidamente, Ela alcançou um nível de maestria nesta técnica de treinamento de cavalos que ninguém mais tinha naquele circuito hípico. Apesar disso, Ela não era considerada a melhor por seus colegas, mas isso não fez com que ela se subestimasse, porque sabia que esta técnica havia despertado o segredo mais profundo e havia revelado o tesouro mais valioso que ela levava em seu coração. E quando isso ocorreu, Ela soube que não tinha que mostrar nada a ninguém, só tinha que ser exatamente como era.

Pouco tempo depois de haver alcançado este excepcional grau de maestria na inovadora e ao mesmo tempo milenar técnica de domar e treinar cavalos, Ela foi enviada a América do Sul para algumas provas.

Ali, começou a desenvolver seu estilo próprio de treinar cavalos, um estilo que se fez único por proporcionar uma experiência muito intensa, e porque fazia com que os cavalos desenvolvessem o potencial mais elevado que cada um deles possuía. Assim Ela converteu a técnica de treinar cavalos em algo mais que uma mecânica, a converteu em uma verdadeira arte.

Na América do Sul, Ela se deu conta de que seus colegas não estavam em sintonia com a experiência que ela havia adquirido, e então decidiu formar sua própria escola de treinamento de cavalos. Decidiu criar uma escola que daria luz ao circo de cavalos mais impressionante que a humanidade já viu.

A partir dali, Ela se dispôs a reunir seu primeiro grupo de cavalos para treiná-los. E isto era uma experiência hilariante para ela, porque estava finalmente realizando seu sonho de ter um circo de cavalos!

No primeiro grupo, juntou uma égua venezuelana, era uma puro sangue, que mais que uma eqüina parecia uma princesa, seu nome era Itavrap.

Também um árabe vindo do Peru, bastante selvagem e lerdo, mas com muito potencial aos olhos de Ela, e que sem dúvida faria juz à glória dos Incas, este cavalo recebeu o nome de Ayertiam.

Conseguiu outra égua na Venezuela, que era um exemplar muito engraçado, pois parecia que para procriá-la haviam casado um pônei, um elefante bebê e uma preguiça. Era um espécime muito raro, não se sabia exatamente de que raça era. Havia pertencido a um general aposentado da armada venezuelana, quem, depois de vários anos, havia perdido o interesse nesta divertida égua, e decidiu presenteá-la a Ela. Essa égua foi batizada como Aytas.

Finalmente, o grupo completou-se com um jovem potro inglês. Um cavalo que pertenceu à realeza – ainda que vocês não acreditem -, e que foi trazido da Índia, onde esteve por alguns meses, especialmente para que Ela o treinasse. Este potro era Araknas.

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